Vede a água a cair.
Das beiras dos telhados,
Cair, sempre cair.
Das beiras dos telhados,
Cair, quase morrer...
Meus olhos apagados,
E cansados de ver.
Meus olhos, afogai-vos
Na vã tristeza ambiente.
Caí e derramai-vos
Como água morrente.
TEXTO RETIRADO DE:
PESSANHA, Camilo. Clepsidra. São Paulo: Núcleo, 1989. p. 68
Nenhum comentário:
Postar um comentário