domingo, 7 de janeiro de 2018

RESENHA CRÍTICA: NOTAS SOBRE "A CADEIRA DE BARBEIRO", DE ZÉLIA SALES


Na edição do Prêmio SESC de Contos de 2016, um dos contos me tocou profundamente. Seu enredo é constituído pelo cotidiano de uma menina do interior, e sua irmã, na árdua tarefa de "sobreviver" enquanto precisa pedir dinheiro ao pai para extrair seus dentes. O receio de pedir só não parece maior do que o medo da extração.
O leitor não deve se precipitar com esta sinopse aparentemente simples, porque se trata de um conto que trabalha, dentre outros aspectos, o universo do sertanejo que, por vezes, não conta senão com sua capacidade de resistir apesar das dores do corpo e, sobretudo, da alma. Família, infância, dores físicas e morais que a memória teima em resguardar surgem com intensidade nessa narrativa. O tom doloroso com que a autora a concebe, no entanto, é de uma singeleza que nos incita a vislumbrar nas personagens não só dor, mas lirismo e beleza – elas até conseguem ser felizes, embora esta felicidade seja “comprada a duras penas”. O que me causou espanto, nesse texto, foi a humanidade dessas personagens tão humildes, singelas e, por isto, grandiosas.
Quando um autor diz coisas intensas de modo simples, com linguagem precisa, objetiva e bem delineada, o leitor, invariavelmente, se deixa fisgar. Some-se a estas características, peculiares à linguagem, uma capacidade de perceber a poesia no que é aparentemente prosaico, e o autor não conseguirá ficar no anonimato jamais. É isto que acontece com Zélia Sales.
Eu tive acesso, após o deslumbramento que o conto Sobre dentes, mencionado acima, me causou, ao livro A cadeira de barbeiro – publicado em 2015, pela Editora Lua Azul. Neste livro, constam dez contos escritos com narrador autodiegético que percorre todas as narrativas como se contasse – confidenciasse – suas memórias da infância. Estas memórias trazem à tona acontecimentos familiares, cenários austeros, por vezes, porém sempre liricamente construídos, personagens cativantes que se deparam com: a morte, a loucura, a solidão, o medo, os traumas da infância, os cenários mais diversos que o olhar sempre atento da narradora nos apresenta. E este olhar é impulsionado por uma sensibilidade excessiva, no melhor sentido do termo.
Os contos de Zélia Sales são escritos com períodos curtos, advérbios e adjetivos têm presença apenas quando muito necessários, o uso do verbo no pretérito imperfeito – tempo verbal que se refere a um fato ocorrido no passado, mas que ainda não foi completamente terminado, e é usado com frequência em fábulas, contos de fadas e histórias de trancoso – que dá ideia de continuidade e ruptura de ações para causar expectativas e prender a atenção do espectador/leitor.
Além disso, ela explora recursos descritivos com substantivos que empregam tom cinematográfico à cena. O lirismo e a beleza das narrativas não são conseguidos no texto a custo de excessos verborrágicos. O que melhor caracteriza o texto dessa autora é sua capacidade de dizer com simplicidade, objetividade e acuidade linguística aquilo a que se propõe.
As narrativas são construídas a partir de um fio central: uma narradora-personagem retoma as memórias da infância e as esparge em suas histórias sempre enternecedoras. Ela é carismática, humana, instiga empatia, de modo que o leitor confia em seu olhar sobre as demais personagens. As sensações e reflexões a que cada história conduz o leitor vêm, certamente, do empenho dessa narradora que, até quando comete um pecado – como em O sétimo mandamento –, faz o leitor sofrer com ela, feito um cúmplice apiedado. Ela roubou, mas o fruto do roubo – “um caquinho de louça” – é tão insignificante, e seu gesto é dotado de tamanha ingenuidade, que condená-la parece impertinente. Ainda mais quando ela mesma superdimensiona a culpa e ouve em todos os lugares a fatídica frase proferida pela menina lesada: “Tu roubou meu caco”. Seria cômico, se não fosse trágico – e o leitor se apieda. Há, neste conto, uma frase inesquecível: “A dor da ovelha ferida dura mais que o prazer do lobo saciado”.  
Seguindo a sequência em que os textos são dispostos, deparamo-nos com o primeiro conto do livro cujo título evoca a narradora das demais narrativas: A filha do barbeiro. Conduzindo-nos pelas imagens que sua memória resguarda, a narradora descreve, nostálgica, a casa paterna em que ganha destaque o barbeiro, seu pai. Trata-se de uma descrição aguçada pelo saudosismo que torna o cenário – e seus objetos – um recanto de felicidade perdido a que a narradora não tem mais acesso senão por meio de lembranças. Tudo se desfez a partir da separação dos pais, o que motiva o patriarca a abrir o Salão Popular na cidade. Ela descreve, assim, a cadeira utilizada pelo pai em seu ofício:

Uma autêntica cadeira de ferro, robusta e presunçosa. Na pisadeira reforçada, o nome em alto relevo, que soletrei com dificuldade: ES-TI-LO. Ele se movia naquele ambiente com tanta naturalidade, com tanto pertencimento, falava com desenvoltura, movia o objeto do lugar procurando um melhor efeito, sorria... (SALES, 2015, p. 23)

            Esse conto, dividido em duas partes, mostra os efeitos causados pela separação – os filhos tendem a sofrer em demasia. Os parágrafos criados após a afirmação de que os pais discutiram, acontecimento que se segue à separação, são formados por períodos excessivamente curtos, que poderiam indicar a ideia de corte, redução do que se tem a narrar, ou mesmo dificuldade da narradora de retomar assunto tão indigesto, e não superado. A ausência paterna é representada pela imagem: “A enorme cadeira imóvel, triste, silenciosa no canto da sala”. Perde-se, com isto, o universo infantil que, de modo idealizado, representa: felicidade, segurança e equilíbrio.
Depois, a narradora reencontra o pai, em seu salão, e recebe dele uma maleta. Ele diz: “Guardei todo esse tempo pra lhe dar”. Ela, por sua vez, expressa suas sensações ante o gesto do pai: “Veio um nó no meu peito, subiu, me engasgou. Segurei-a nos braços tentando mostrar naturalidade, descansei meus olhos sobre ela”.
            Segue-se a esse conto, o texto A indesejada das gentes. Ao ler esta narrativa foi inevitável não lê-la em comparação com a letra da canção Samarica Parteira, de Luiz Gonzaga. A diferença entre elas é que na letra da canção temos um parto bem-sucedido, com direito a festejos e outras benesses, enquanto no conto de Zélia Sales temos um parto com cores sombrias e imagens pungentes.
A personagem Melha, diante da constatação da parteira Zefinha Barroso, de que seu filho estava atravessado, tem seu comovente, e fatídico, encontro com a morte. A narradora, que recorre a tons descritivos com a intenção de retardar o acontecimento trágico, e que, com isto, causa intensa expectativa no leitor, relata o acontecimento com vivacidade. O trecho a seguir, que descreve a chegada da parteira à casa de Melha, comprova nossa afirmação:

Já passava das nove quando os dois apearam no terreiro. A sogra, as cunhadas, as comadres, alvoroçadas, cuidavam de tudo, no impedimento da dona da casa, a essa hora já se vendo de dores. A parteira atravessou o alpendre, a sala, o corredor rumo à camarinha. Já conhecia o caminho. Num passinho miúdo, o queixinho gordo levantado, com sua maletinha debaixo do braço, cumprimentou as mulheres e adentrou. Conhecia todas elas, suas camarinhas, seus corpos. Já aparara mais de cinquenta meninos, sem perder nem um. (SALES, 2015, p. 30)

Além disso, a morte, que se apresentou à narradora quando ela “ainda não tinha seis anos”, é personificada, assim como no romance A menina que roubava livros (obra em que a morte é a narradora), e é descrita da seguinte forma: “Agora eu podia perceber seus longos cabelos cor de ferrugem descendo até a barra das saias, roçando o chão, confundindo-se com a poeira vermelha da estrada”. A impotência do ser humano ante a certeza da morte é o tema por excelência do texto, também certo fascínio que ela exerce, justamente por sua aura misteriosa, sobre as pessoas – neste caso, sobre a criança que trava seu primeiro contato, nada amistoso, com esta “indesejada”.
O Cemitério de Santa Cruz, mencionado no texto anterior, é retomado no conto: Mas havia um menino morto sobre a mesa, no centro da sala. Se no texto anterior a comoção nos vem como uma pancada, tendo em vista que depois de intensa luta a morte sai vitoriosa, e ainda exibe seu “troféu” – o corpo da mãe e do filho mortos –, neste, a comoção já nos é incitada desde o título. O menino nele evocado é o irmão da narradora. Ela, que não vivia com o pai, e sentia sua falta, ao revê-lo, sequer pôde demonstrar alegria: “Queria correr para os seus braços, subir em seus pés, dançar com ele agarrada à sua cintura, o rosto colado em sua barriga, como tantas vezes antes”.
No parágrafo seguinte, no entanto, como numa ênfase, a oração é iniciada por uma conjunção adversativa. Ela queria fazer festa pelo reencontro com o pai: “Mas havia um menino morto sobre a mesa, no centro da sala”. Ela está, portanto, impedida de realizar seu gesto de afeto – e a estrutura linguística empregada consegue formalizar isto com maestria.
Em seguida, somos informados sobre a dor da mãe que perdeu o filho e vislumbramos a cena do enterro. A narradora, que mais parece lamentar a partida do pai, do que a saída do pequeno caixão, em imagem das mais belas e angustiantes do livro, afirma: “Parecia que eu havia engolido um angu grosso e fervente que me queimava a garganta e comprimia o peito”.
Devo ressaltar o trabalho com a linguagem, sobretudo nos últimos parágrafos do texto que, do meu ponto de vista, estão mais para versos, no melhor sentido do termo, ricos em aliteração. Notemos que o barulho dos passos do pai parecem ser sugeridos pela recorrência da consoante oclusiva bilabial /p/, e pelas consoantes oclusivas linguodentais /t/ e /d/. Podemos remeter a recorrência de sons nasais /n/ e /m/, do dígrafo nh, e da vogal nasal /ã/, à melancolia e angústia presentes na cena descrita (SALES, 2015, p. 39):

Fiquei na porta vendo-o desaparecer no caminho íngreme e sinuoso.
A pedra grande, meu pai, a palmeira.
Meu pai.
                                                 Tudo tão longe.
                                                                            
Esta cena, devo ressaltar, é uma das mais belas e pungentes de quantas aparecem na obra em pauta. Mas quando pensamos que um texto se superou em lirismo e poesia, deparamo-nos com outros como Parques dos horrores. A narradora, com sua fixação pela figura paterna, cuja presença lhe parece acontecimento grandioso e desejado, apresenta, neste caso, pelo menos duas visões opositivas sobre ele.
Na primeira, a vemos julgando, ressentida, o pai por ele a levar para o parque, porém não permiti-la brincar nos carrinhos: “Mas que miserável unha de fome sem coragem de comprar um reles bilhetinho para a filha que aprendeu a ler antes do tempo, praticamente sozinha, que nunca recebeu reclamação da escola, que não lhe respondia...” Ela diz, ainda, neste sentido, que sentia: “Vontade de esmurrá-lo, chamá-lo de insensível, miserável”.
Na segunda, vemos indulgência e tentativa de compreensão por parte da narradora: “Pobre papai, talvez, por trás do sorriso infantil estivesse mentalizando um cálculo, contabilizando o que sobraria para o pão, para o leite e o feijão do dia seguinte”. Além disso, ela diz: “Mas todo dinheiro existente talvez repousasse no fundo da gaveta para saldar a conta da farmácia, o aluguel atrasado da casa, da barbearia”.
A frustração, a impotência e a pobreza são temas perceptivelmente presentes nesse conto que pode ser considerado um dos mais cinematográficos do livro. A descrição dos cenários e o ritmo empregado apontam para isto. Tudo é bem delineado, a linguagem consegue expor o que é exterior à protagonista com a mesma fluidez com que consegue entrar em sua psicologia.
A propósito, a menina é impossibilitada de brincar, mas o pai, que no início se diverte, parece subentender a angústia da filha, e ele, em sua impossibilidade, também parece se frustrar por não poder lhe proporcionar o que ela tanto queria, como apreendemos do trecho: “O sorriso tinha desaparecido de seu rosto, que me parecia cansado, já com duas covas fundas de cada lado, a testa vincada. A cabeça baixa, os ombros caídos, os olhos enterrados no chão, caminhava como se carregasse uma montanha nas costas”.
Com relação ao tema da frustração, desilusão e quebra de expectativas, devo dizer: o conto O Circo Íbis é emblemático. A magia do circo, o fascínio que ele exerce sobre as pessoas, com seus artistas exóticos e revestidos de beleza e encanto, surge, neste texto, com intensidade. A narradora, que pela primeira vez vai ao circo, e o vislumbra por um prisma da idealização, como toda criança, pensa em como seria maravilhoso fugir com o circo e, ao deparar-se com a realidade existente em seus bastidores, se desencanta.
Ela flagra o cotidiano da personagem Francimeire, a rumbeira que aviva o imaginário dos homens, e percebe a diferença entre a realidade e a imaginação. A mesma moça encantadora que dança no picadeiro, e na imaginação dos homens, é flagrada pela narradora estando sonolenta, tendo que cuidar do filho ainda bebê e com marcas de cansaço e envelhecimento:

A longa cabeleira negra estava lá, como no picadeiro, mas muito real... Real como aquele cheiro de cocô que impregnava o ambiente, as estrelas sem brilho da almofada murcha como os seios dela, onde o garotinho se agarrava. Fui recuando de costas, me afastando daquela cena, procurando o caminho de casa. (SALES, 2015, p. 81)

Intenso, com um tom realista, e humano, esse conto desfaz na criança – e no leitor, por que não? – a visão idealizada do circo. Nele, está presente uma discussão sobre alguém que se questiona: o que é real ou irreal naquilo que esteve sempre no plano da idealização? Até que ponto o que nos emociona, de fato, deve ser vivido como uma realidade inexorável e absoluta? A metáfora da carrapeta, que a mãe recomenda à narradora que não abra, e ela termina por abrir, para constatar, desiludida, não haver nada dentro, dá ao conto um tom de parábola que muito o enriquece.
Com o conto O grito é perceptível o aspecto fabular que remete às histórias de trancoso, ou de exemplo e assombração, recorrentes na cultura popular e propagadas pela oralidade. Ao ler esta história, é possível questionar: se tudo não passa de imaginação da narradora-personagem, por que a avó se mostra visivelmente intrigada e tentando disfarçar algum medo? A memória, sobretudo se pensarmos a memória da criança, tende a superdimensionar a realidade das coisas. O que aconteceu realmente pode, com o tempo, parecer irreal, e o contrário disto também é possível.
O teor de mistério, de incerteza, a recorrência à memória, e seus efeitos sobre a realidade, que são motes comuns à obra da escritora Lygia Fagundes Telles, parecem ter sido muito bem explorados no conto de Zélia Sales. Os pormenores do cenário e os diálogos precisos e rápidos são marcas estilísticas que a autora consegue articular sobriamente. Ela consegue ser singular em sua criação artística, no entanto podemos dizer que em vários aspectos ela lembra o que de melhor podemos encontrar na literatura nacional – sua proximidade com temas explorados por Lygia Fagundes Telles, por exemplo, sobretudo se pensarmos o conto O grito, não é gratuita. Também não seria exagero dizer que Zélia Sales tem intensidade narrativa, trabalho com a linguagem, temas e análises psicológicas que lembram um dos maiores contistas de que dispomos no país, e que também é um cearense: Moreira Campos.
Prosseguindo em nossa leitura, não é menos bem articulado o conto Batismo. Uma mulher condenada por assassinato, mal vista na cidade, e que é alvo do imaginário fantasioso das crianças, ao tomar água na casa da narradora, tem, finalmente, seu momento de redenção. Enquanto toma a água: “De olhos fechados, totalmente desarmada, a mulher se diluía naquela água pura e transparente”. Como se a água a fizesse renascer, aparentemente cai a máscara de assassina e dela emerge outra pessoa. Assim: “A criança antiga, magra, faminta surgiu esticando o braço esquálido, a mão esquálida, os dedos esquálidos pedindo complacência. Sua alminha de algodão-doce se banhava naquela sacramental água de pote”. A mulher vista como monstruosa, no final das contas, se humaniza.
Outra personagem feminina marcante é a personagem evocada no conto Dandola. A narrativa tem início com a apresentação da inquieta Maria Angélica, colega de escola da narradora, que, despois, confessa ser filha adotiva de um casal de velhos que moravam em casarão próximo à matriz. Ao mesmo tempo, somos apresentados a Dandola, personagem marcada pela loucura que a torna alvo de preconceito e inferiorização social. Maria Angélica, após descobrir que Dandola é sua mãe biológica, entra em estado depressivo e termina por também enlouquecer.
O último conto do livro é o que apresenta maior título: Dois anjos deslizando no assoalho encardido do Cine Teatro Royal ao som de um bolero rasgado. Mais uma personagem feminina é apresentada: a virago Tereza Zoin. A narradora vai em busca do pai, a pedido da mãe, e depara-se com ele a dançar com Tereza Zoin cujo comportamento em nada lembra o de uma mulher que estaria em acordo com o que uma sociedade preconceituosa e moralista atribuiria à mulher.
Além da força física que lembrava a de um homem, Tereza Zoin também jogava sinuca, bebia e fumava. A descrição da personagem nos mostra que seu perfil em vários aspectos destoa do que, de fato, se atribui socialmente à mulher. No momento em que a narradora a vê dançar com seu pai, no entanto, aponta para o fato de que: “O cabelo curto, preto, a camisa de colarinho, a calça masculina. Nada disso tirava dela, naquele momento, a leveza, a doçura, a alma feminina”.
Por fim, seja pela riqueza psicológica das personagens femininas recorrentes no livro, seja pela linguagem precisa, enxuta, bem delineada, os contos de A cadeira de barbeiro são um achado literário de grande valor. Poucos autores conseguiriam tanta pungência e criatividade em suas produções literárias. Zélia Sales consegue ir além da escolha de temas, alguns já muito explorados na literatura, pois ela consegue comover, instigar, desperta reflexões, consegue ser lírica, poética e, sobretudo, saber ser singular.  
Ler A cadeira de barbeiro foi um prazer indubitável – prazer dolorido, claro, porque ninguém deve se enganar sobre o conteúdo deste livro. Ele é pungente, não poupa suas personagens quando o objetivo é tirar delas o melhor em humanidade. Devo dizer que é gratificante saber que temos autoras com a capacidade artística de Zélia Sales neste país. Quero ler mil vezes esse livro – que li na íntegra uma quatro vezes –, porque sei que a sensibilidade dessa notável escritora amplia nossa humanidade quantas vezes a seu texto acorrermos. Como afirmei acima, a obra de Zélia Sales me tocou profundamente e eu espero, com urgência, que toque mais pessoas. Temos em sua obra o que há de melhor e mais lírico – não podemos deixar de conhecê-la em sua profundidade.

SALES, Zélia. A cadeira de barbeiro: contos. Fortaleza: Lua Azul Edições, 2015.
Émerson Cardoso
05/01/2018

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