terça-feira, 15 de julho de 2014

"A PAIXÃO SEGUNDO SÃO MATEUS", DE JOHANN SEBASTIAN BACH



"Bach escreveu três paixões durante sua carreira, a de são Mateus, a de são João e a de são Marcos, embora grande parte desta última tenha se perdido. As duas primeiras, contudo, permaneceram integrando o repertório coral e são frequentemente encenadas durante a Páscoa. A Paixão segundo são Mateus, para coro duplo, orquestra dupla, dois órgãos e solistas, é uma obra grandiosa, exibida pela primeira vez na Sexta-Feira Santa de 1727. O texto é tirado do Evangelho de Mateus, caps. 26-7, com textos de ária e recitativo acrescentados pelo poeta local Christian Friedrich Henrici. A estrutura narrativa é a seguinte: o evangelista revela fatos à medida que acontecem nos recitativos, com ocasionais versos dialogados entoados pelos solistas. Solos são usados também para preces e comentários sobre a história, como no solo de contratenor "Buss und Reu" ("Culpa e pecado"). O coro ora tem papel participativo direto, p. ex. introduzindo o diálogo no drama pela voz do povo, ora oferece comentários e entoa preces, incluindo corais interpostos. Bach nunca tinha escrito uma ópera, suas paixões mostram grande veia cênica. 

PARTE I (68:00) A obra abre com um Prólogo no qual o coro lamenta os fatos vindouros. A narrativa começa propriamente em Betânia, com o Cristo prevendo sua própria e iminente crucificação. A trama segue o episódio da cumplicidade de Judas com os fariseus, os apelos de Jesus a Deus e, por fim, a traição e a prisão. Depois de cada seção da narrativa, um comentário é inserido na forma de recitativo e ária ou coral.

PARTE II (92:00) Após o Prólogo, que lamenta a prisão de Jesus, a segunda parte começa com o interrogatório perante Caifás, a negação de Pedro e o julgamento por Pilatos. Bach conclui a obra com a crucificação, morte e sepultamento de Jesus, seguindo-se de um coro final de lamento."

TEXTO RETIRADO NA ÍNTEGRA DO:

BURROWS, John; WIFFEN, Charles (orgs.) Guia de música clássica. Trad. André Telles. 5. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2013. p. 121. 


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