MOMENTO SOCIOCULTURAL:
- TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO PARA O MERCANTILISMO;
- DESENVOLVIMENTO DE PRÁTICAS COMERCIAIS POR UMA NOVA CLASSE: A BURGUESIA;
- CRISE DO TEOCENTRISMO E ASCENSÃO DO RACIONALISMO HUMANISTA, COM A LAICIZAÇÃO DA CULTURA.
CARACTERÍSTICAS LITERÁRIAS:
- DIVULGAÇÃO DOS CLÁSSICOS DA ANTIGUIDADE GRECO-LATINA;
- POESIA PALACIANA RECOLHIDA POR GARCIA DE RESENDE EM "CANCIONEIRO GERAL" (DESENVOLVIMENTO DE POESIAS DE AMOR, SÁTIRA E RELIGIOSA);
- TEATRO POPULAR, DE INFLUÊNCIA MEDIEVAL, MAS CRÍTICO, SATÍRICO, POLÊMICO TENDO COMO SEU MAIOR REPRESENTANTE O CRIADOR DO TEATRO PORTUGUÊS: GIL VICENTE;
- CRÔNICAS E HISTÓRIAS DOS REIS E DO POVO PORTUGUÊS. DESENVOLVIMENTO DA PROSA TENDO COMO SEU MAIOR REPRESENTANTE O CRIADOR DA HISTORIOGRAFIA DE PORTUGAL: FERNÃO LOPES.
AUTORES E OBRAS:
1 - GIL VICENTE: "AUTO DA VISITAÇÃO OU MONÓLOGO DO VAQUEIRO", "FARSA DE INÊS PEREIRA", "AUTO DA BARCA DO INFERNO", "AUTO DA BARCA DO CÉU" E "AUTO DO PURGATÓRIO".
2 - FERNÃO LOPES: "CRÔNICA D'EL REI D. PEDRO", "CRÔNICA D'EL REI D. FERNANDO" E "CRÔNICA D'EL REI D. JOÃO I".
RESUMO DO RESUMO DO RESUMO:
RESUMO DO RESUMO DO RESUMO:
AUTO DA BARCA DO INFERNO
(GIL VICENTE)
Essa peça teatral foi publicada em 1517 e foi encenada pela primeira vez na câmara da rainha D. Maria de Castela, na presença do rei D. Manuel I e de sua irmã D. Leonor, a Rainha Velha. O Auto da Barca do Inferno tem como cenário fixo duas embarcações, num porto imaginário para onde vão as almas no instante em que morrem. Uma barca é representada por um Anjo, simbolizando o Paraíso, e a outra é representada pelo Diabo, simbolizando o Inferno. A ação desenrola-se a partir da chegada das personagens ao porto, procurando encontrar a passagem para a vida eterna. Na peça, as personagens serão julgadas segundo as obras que realizaram em vida.
A obra apresenta-se com versos redondilhos, rimas, símbolos e metáforas. As personagens são consideradas tipos sociais - a nobreza, o clero e o povo. Além das oposições Bem versus Mal, Céu versus Inferno, o Anjo e o Diabo assumem posturas também opostas, fazendo com que a simpatia e a ironia do Diabo dominem a peça.
(GIL VICENTE)
Essa peça foi representada em 1523 e é considerada a mais famosa de Gil Vicente. Trata-se de uma moça sonhadora, cansada do trabalho doméstico, que resolve fugir de toda essa monotonia. Casa-se com um escudeiro, considerado malandro, porém este morre durante a guerra. Viúva, Inês casa-se novamente, dessa vez com um homem que faz todas as suas vontades.
CONTEXTUALIZANDO:
Diferente do que temos hoje, quanto à forma e à utilização de cenários e montagens o teatro de Gil Vicente é extremamente simples. Também não segue as três unidades do teatro clássico: ação, lugar e tempo. Porém, em pleno século XXI encontramos, principalmente no Nordeste, textos notáveis que revelam uma forte influência medieval, seguindo a estrutura dos autos utilizados por Gil Vicente. É o caso da obra Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, e Auto de Natal Pernambucano, subtítulo da obra Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, entre outros. Isso nos mostra o quanto a Literatura é dinâmica e atual. As imagens que apresentamos abaixo podem ilustrar, também, nossa discussão: primeiro temos a obra Homem vitruviano (1490), de Leonardo da Vinci, e abaixo temos uma releitura muito criativa e atual dessa obra.
CONTEXTUALIZANDO:
Diferente do que temos hoje, quanto à forma e à utilização de cenários e montagens o teatro de Gil Vicente é extremamente simples. Também não segue as três unidades do teatro clássico: ação, lugar e tempo. Porém, em pleno século XXI encontramos, principalmente no Nordeste, textos notáveis que revelam uma forte influência medieval, seguindo a estrutura dos autos utilizados por Gil Vicente. É o caso da obra Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, e Auto de Natal Pernambucano, subtítulo da obra Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, entre outros. Isso nos mostra o quanto a Literatura é dinâmica e atual. As imagens que apresentamos abaixo podem ilustrar, também, nossa discussão: primeiro temos a obra Homem vitruviano (1490), de Leonardo da Vinci, e abaixo temos uma releitura muito criativa e atual dessa obra.
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