O Parnasianismo é a expressão do realismo no plano da poesia, com uma produção objetiva, direta, que nomeia os objetos e seres sem exageros sentimentais. Assim, muitas das características realistas são aplicáveis ao Parnasianismo.
O movimento parnasiano iniciou-se em 1882, com a publicação das Fanfarras, de Teófilo Dias, e prolongou-se até aproximadamente 1922, quando recebeu severas críticas modernistas. O nome Parnasianismo tem sua origem no Parnasse Contemporain, uma antologia de escritos de diversos poetas franceses que reagiam contra as tendências românticas, organizadas por Lemerre, em 1866.
Parnaso era o nome de um monte grego, dedicado na Antiguidade às Musas e ao deus Apolo. De acordo com a mitologia, nesse lugar havia a fonte Castália, cujas águas inspiravam os poetas. O vocábulo parnaso também foi utilizado com o sentido de "grupo de poetas", "antologia" e até mesmo de "poesia".
Nessa época, os autores estavam preocupados em tematizar a arte em seus poemas, "a arte pela arte", e distanciavam-se completamente dos problemas sociais vigentes no país.
No Brasil, os principais autores são:
OLAVO BILAC: Escreveu Poesias (1888), Poesias Infantis (1904) e Tarde (1919). Foi hábil no manejo da métrica e dos versos, construindo poemas de rara perfeição formal, porém superficiais do ponto de vista conteudístico.
RAIMUNDO CORREIA: demonstrava busca angustiada pela transcendência e espírito romântico. Apesar disso, é classificado com parnasiano por seu apuro formal. Escreveu: Primeiros sonhos (1879), Sinfonias (1883) e Versos e Versões (1887).
ALBERTO DE OLIVEIRA: Iniciou sua produção como romântico, depois passou a dedicar-se ao ideal parnasiano da "arte pela arte" e a enquadrar-se na rigidez métrica que a escola literária exigia. Escreveu: Canções Românticas (1978), Meridionais (1884) e Sonetos e Poemas (1885).
FRANCISCA JÚLIA: Fiel seguidora dos rígidos ideais parnasianos, escreveu: Mármores (1895) e Esfinges (1903).
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Francisca Júlia |
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