quinta-feira, 29 de julho de 2021

LIVRO DE CONTOS "O BAILE DAS ASSIMETRIAS" (RESUMO DOS CONTOS)


Primeira edição publicada em 2021
pela Luazul Edições.

 

CARDOSO, Émerson. O baile das assimetrias. São Paulo: OIA Editora, 2022.


Áries

"Tony Torloni (ou Psiquê Defenestrada)" é o primeiro conto do livro "O baile das assimetrias". Correspondente ao Signo de Áries, deparamo-nos nele com Tony Torloni (fã incondicional da atriz Christiane Torloni), um dos funcionários mais requisitados do "Très Chic Cabeleireiros". Enquanto vivencia seu cotidiano com Dona Rosa Miranda e Luana, suas complexas companheiras de profissão, ele se apaixona à primeira vista por Zezão, que altera completamente sua vida. Para Tony, os astros diziam que Zezão era o grande amor de sua vida (sua alma gêmea). Confiante de que deveria lutar para vivenciar esse grande amor, Tony empreende uma luta intensa para conquistar seu amado. Será que ele conseguirá fisgar seu "homem"?

Touro

"O reencontro" (correspondente ao Signo de Touro) é o segundo conto do livro "O baile das assimetrias". Nele, nos deparamos com Fran, uma personagem transexual que idolatra a apresentadora Hebe Camargo e cria todas as estratégias possíveis para reencontrá-la através do filme "Hebe: A Estrela do Brasil", do diretor Maurício Farias. Sair de um sítio da zona rural do Crato–CE, para ir ao cinema em Juazeiro do Norte–CE, é uma saga dolorosa, mas Fran não hesita, persistente que é, quando o assunto é realizar o sonho de rever Hebe, sua amiga tão querida.

Gêmeos

"Grita, Auxiliadora, Grita!", é o terceiro conto do livro "O baile das assimetrias". Correspondente ao Signo de Gêmeos, nele encontramos duas personagens femininas: 1) Auxiliadora e 2) a patroa de Auxiliadora (que não é nomeada). Com elas, temos duas faces de uma realidade complexa da sociedade brasileira: a mulher negra (que é explorada e desrespeitada em seu trabalho) e a mulher branca (que age como se Auxiliadora fosse "da família", que finge importar-se com a saúde dela e, em verdade, de modo nada sutil, a coloca em condição de silenciamento e subalternização). É um texto que mostra, além disso, o quanto a hipocrisia reina no discurso de uma pessoa marcadamente adepta do bolsonarismo.

Câncer

"Poltrona sete" é o quarto conto do livro "O baile das assimetrias". Correspondente ao Signo de Câncer, deparamo-nos nele com um narrador que, da janela do ônibus, testemunha uma cena de despedida entre dois rapazes. Quando o transporte de um deles dá sinal de que irá partir, eles se beijam e, com isto, causam reações diversas nas pessoas que observam a cena de amor protagonizada por eles. Esse conto apresenta uma atmosfera melancólica e lírica que nos leva a refletir sobre o amor vivido entre dois homens em contexto de despedida. Além disso, nos conduz a uma reflexão sempre pertinente: a homofobia ainda existe e agride, em vários aspectos, pessoas que não temem ser quem elas são.

Leão

"O abismo a um passo" (correspondente ao Signo de Leão) é o quinto conto do livro "O baile das assimetrias". Nele, deparamo-nos com uma personagem feminina que depois de constatar a traição do marido com sua melhor amiga, enlouquece, ateia fogo na casa e vai embora com seu neto. Ela tem por meta retomar sua carreira de atriz de teatro na capital. Ela e o neto estão à espera de algum transporte que os levem embora, mas a noite parece trazer para eles mais sombras do que luzes.

Virgem

"Gólgota para Argos Panoptes" (correspondente ao Signo de Virgem) é o sexto conto do livro "O baile das assimetrias". Um velho bibliotecário que cumpre seu ofício rigorosamente passa por uma experiência atípica no cotidiano de seu trabalho. Seus olhos vislumbram o mundo sob um viés das repressões e das culpas, no entanto é possível ter um momento de fuga - uma fuga pelo olhar.

Libra

"Lenda-parábola de trisal não informado" é o sétimo conto do livro "O baile das assimetrias". Correspondente ao Signo de Libra, encontramos nele três personagens significativas para configuração do trisal mencionado no título: 1) Lili, 2) Rodrigo Paivani e 3) o Pastor marido de Lili. A narrativa inicia "in medias res", quando Lili encontra-se no auge do conflito que lhe faz sair de sua aparente harmonia existencial. O amor devotado de Lili ao marido, aos sete filhos e à Igreja é colocado à prova quando seu melhor amigo, Rodrigo Paivani, lhe faz repensar o mundo no qual ela está imersa. Esse conto trata, portanto, de uma reflexão sobre a capacidade de se reinventar após um pulo no abismo.

Escorpião

"As labaredas de Angelina" (correspondente ao Signo de Escorpião) é o oitavo conto do livro "O baile das assimetrias". Deparamo-nos, nele, com uma personagem feminina que não se deixa amedrontar quando está em jogo sobreviver ao caos do mundo. Sobreviver, para ela, muitas vezes, é utilizar a "Lei de Talião" — ela não hesita em aplicar nos algozes as dores que eles lhe causam. Embora seja um texto de viés cômico, muitas reflexões podem emergir da tessitura narrativa desse texto.

Sagitário

"Ausência" (correspondente ao Signo de Sagitário) é o nono conto do livro "O baile das assimetrias". Duas personagens femininas se encontram e, partir do universo esotérico que as reúnem, deparam-se com uma profunda busca existencial que tem no tema da maternidade o principal ponto de encontro entre elas.

Capricórnio

"Às vésperas do silêncio" (correspondente ao Signo de Capricórnio) é o décimo conto do livro "O baile das assimetrias". Nele, deparamo-nos com a relação entre mãe e filha que se realiza em momento contundente para ambas: a filha encontra-se em estado terminal (vitimada pela AIDS) e a mãe é a única que pode lhe proporcionar um último alento.

Aquário

"Felícia" (correspondente ao Signo de Aquário) é o décimo primeiro conto do livro "O baile das assimetrias". Nesse conto, temos uma personagem feminina cujo nome é evocado no título que, apesar das angústias da vida, supõe ter encontrado na personagem Ana a possibilidade de viver um grande amor.

Peixes

"Sonata para as cinco chagas" (correspondente ao Signo de Peixes) é o décimo segundo conto do livro "O baile das assimetrias". Uma personagem feminina velha (que vive em um abrigo para idosos) passa por uma experiência sensorial de intenso erotismo ao ouvir um violinista tocar. Ela vê no jovem violinista a imagem de seu primeiro namorado (o grande amor de sua vida). Reencontrar esse rapaz mais jovem é, para ela, um reencontro também consigo mesma. O que do amor ela ainda poderá viver?

 

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