Resolvi, instigado pelo texto da cronista, fazer
uma lista das minhas pequenas satisfações neste período de fim de ano que
sempre me parece um momento profícuo para refletir sobre mim mesmo.
1 – Assistir a um filme tendo a casa totalmente arrumada.
2 – Ganhar um livro que eu queria ler há séculos e gostar tanto dele a ponto de não querer que a leitura chegue ao final.
3 – Tomar suco de laranja sem-açúcar-e-com-gelo-à-parte.
4 – Tomar banho, sem estar apressado, com sabonete glicerinado.
5 – Viajar apenas com uma mochila e conseguir
colocar nela tudo o que será necessário para que a viagem seja pacífica.
6 – Encontrar amigos de quem se sentia
saudade e sentir que a recíproca é verdadeira e, em seguida, conversar muito, com detalhamentos, sem pressa, sobre tudo e todos...
7 – Assistir e/ou ler entrevistas que trazem perguntas inteligentes.
8 – Ver gente lendo livros de autores de que
eu gosto muito.
9 – Ler matérias sobre Frida Kahlo e demais
artistas de minha predileção.
10 – Não esperar por muito tempo em filas,
paradas de ônibus, pontos de táxi, consultórios médicos...
11 – Encontrar, por um preço agradável, algo que eu queria muito - ou receber desconto ao comprar qualquer objeto.
12 – Dia nublado e chuva calma.
13 – Fazer exame médico e constatar que está
tudo bem até a décima geração.
14 – Encontrar uma pessoa pela primeira vez e
sentir afinidade imediata.
15 – Ouvir música enquanto realiza alguma
atividade cotidiana que aparentemente seria desagradável (lavar prato, varrer casa e limpar móveis tornam-se tarefas mais dignas quando realizadas sob efeito de música de qualidade).
16 – Receber uma encomenda na data certa.
17 – Obter sucesso após o esforço empreendido para realização de um trabalho.
18 – Ter um texto aceito para publicação e, ao vê-lo publicado, não constatar erro algum.
19 – Constatar que será possível descansar
porque todo o trabalho já foi realizado.
20 – Chegar atrasado, justificar
plausivelmente e todo mundo compreender sem me fazer sentir culpa por existir.
21 – Conversar com pessoas idosas abertas a compartilhar suas experiências de vida.
22 – Não ter que dar explicações, mas, quando
for necessário explicar, ser ouvido.
23 – Deleitar o silêncio dos silêncios na hora de
escrever.
24 – Tomar chá (de boldo, principalmente).
25 – Contar com a gratidão de alguém e ser aceito quando eu demonstrar gratidão.
26 – Tomar água fria quando se está com muito
calor.
27 – Estar em contato profundo com a natureza e vislumbrar o sol se pondo.
28 – Ir ao ponto mais alto de minha cidade e pensar na vida (Colina do Horto).
29 – Ver a casa limpa, vestir roupa limpa, lavar as mãos (que alegria de viver é lavar as mãos!).
30 – Estar perto de pessoas leves, descomplicadas, bem-humoradas (tudo o que eu mais quero ser) e que me fazem reencontrar a paz de espírito que o cotidiano às vezes rouba de mim.
Texto de: Émerson Cardoso
27/12/14
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