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– EM BUSCA DE UM CONCEITO:
Ao discorrer sobre o conceito de Gênero Textual, Marcuschi
afirma (2002, p. 02) que:
É impossível se comunicar
verbalmente a não ser por algum gênero,
assim como é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum texto. Em outros termos, partimos da
ideia de que a comunicação verbal só é possível por algum gênero textual. Essa posição, defendida por Bakhtin (1997) e por Bronckart
(1999) é adotada pela maioria dos autores que tratam a língua em seus aspectos discursivos
e enunciativos, e não em suas peculiaridades formais. Esta visão segue uma
noção de língua como atividade social, histórica e cognitiva.
Nesta
perspectiva, na linha do que Bronckart (1999), Biber (1988) e Adam (1990)
concebem como Gênero Textual,
Marcuschi (2002) o define e o diferencia de Tipologia
Textual da seguinte forma:
1 – Usamos a expressão tipo textual para designar uma espécie
de construção teórica definida pela natureza
linguística de sua composição {aspectos lexicais, sintáticos, tempos
verbais, relações lógicas}. Em geral, os tipos
textuais abrangem cerca de meia dúzia de categorias conhecidas como: narração, argumentação, exposição, descrição,
injunção.
2 – Usamos a expressão gêneros textuais como uma noção propositalmente
vaga para referir os textos
materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sociocomunicativas definidas
por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica. Se
os tipos textuais são apenas meia
dúzia, os gêneros são inúmeros. Alguns exemplos de gêneros textuais seriam: telefonema, sermão, carta comercial, carta pessoal,
romance, bilhete, reportagem jornalística, aula expositiva, reunião de
condomínio, notícia jornalística, horóscopo, receita culinária, bula de
remédio, lista de compras, cardápio de restaurante, instruções de uso, outdoors,
inquérito policial, resenha, edital de concurso, piada, conversação espontânea,
conferência, carta eletrônica, bate-papo por computador, aulas virtuais e
assim por diante.
2
– CRIANDO UM QUADRO SINTÉTICO:
2
. 1 – TIPOS TEXTUAIS:
1 –
construtos teóricos definidos por propriedades linguísticas intrínsecas;
2 – constituem
sequências linguísticas ou sequências de enunciados e não são textos empíricos;
3 – sua nomeação
abrange um conjunto limitado de categorias teóricas determinadas por aspectos
lexicais, sintáticos, relações lógicas, tempo verbal;
4 –
designações teóricas dos tipos: narração, argumentação, descrição, injunção e
exposição.
2.
2 – GÊNEROS TEXTUAIS:
1 –
realizações linguísticas concretas definidas por propriedades sociocomunicativas;
2 –
constituem textos empiricamente realizados cumprindo funções em situações
comunicativas;
3 – sua nomeação
abrange um conjunto aberto e praticamente limitado de designações concretas
determinadas pelo canal, estilo, conteúdo, composição, função;
4 –
exemplo de gêneros: telefonema, sermão, carta
comercial, carta pessoal, romance, bilhete, reportagem jornalística, aula
expositiva, reunião de condomínio, notícia jornalística, horóscopo, receita
culinária, bula de remédio, lista de compras, cardápio de restaurante,
instruções de uso, outdoors, inquérito policial, resenha, edital de concurso,
piada, conversação espontânea, conferência, carta eletrônica, bate-papo por
computador, aulas virtuais...
3
– PARA MEMORIZAR
TIPOS TEXTUAIS
NARRAÇÃO EXPOSIÇÃO
DESCRIÇÃO ARGUMENTAÇÃO INJUNÇÃO
GÊNEROS TEXTUAIS
TELEFONEMA
CARTA PESSOAL
ROMANCE
CONTO
BLOG
BILHETE
LISTA TELEFÔNICA...
APENAS UM RESUMO DO TEXTO QUE PODE
SER CONFERIDO PARA ESTUDO MAIS APURADO:
MARCUSCHI, L. A. Gêneros
Textuais: definição e funcionalidade. In: Dionísio, A. et all. Gêneros textuais e ensino. Rio de
Janeiro: Lucerna, 2002. Disponível em: http://www.slideshare.net/WilBil/marcuschi-gneros-textuais-9302596.
Acesso em: 01 de nov. de 2013.
Um bom resumo. Obrigada! Me ajudou bastante.
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